Rio do Sul/ SC , a sexta enchente Foto: Rafael Dell Antonia/ Arquivo pessoal
A vida é um eterno aprendizado. As enchentes que tem causado
destruição e morte, de forma repetida, nos dois estados do Sul, são resultantes
de algo natural e vital: a chuva. Segundos os estudiosos ela tem aparecido com frequência e intensidade crescente, em razão das mudanças climáticas. Um fenômeno global, que ameaça a humanidade embora muitos insistem em negar essa realidade.
Nos tempos atuais, com projeções e previsões precisas, não
cabem mais mentiras e nem desconhecimento. A preservação da vida e a mitigação
dos efeitos catastróficos como os que observamos no Rio Grande do Sul, exigem
respostas e gestão responsável. A sociedade está cansada da má fé, desatenção e descaso das autoridades.
Em Santa Catarina, felizmente, as chuvas não causaram tanta
desgraça como no estado vizinho. No entanto continuam ameaçando os catarinenses,
como aconteceu no último final de semana. Não se pode aceitar que Rio do Sul,
uma cidade polo de uma região importante do estado, seja inundada pelas águas
da chuva pela sexta vez.
As medidas que os governantes tomam são sempre paliativas,
pós tragédia. Eles não conseguem se antecipar e evitar o pior. Para o
escoamento do lago Guaíba e da Lagoa dos Patos, como para Rio do Sul, em SC, a Carbon
ZERO tem estudos de canais extravasores que resolveriam o problema das enchentes.
O CEO da empresa, Carlos Alberto Tavares Ferreira, um parceiro nosso, tem
disponibilizado seus estudos e se colocado à disposição das autoridades. Só que
no meio à tragédia, as prioridades são outras. Ninguém te escuta. (*)
Uma das maneiras para quebrar esse ciclo vicioso é envolver
a sociedade. Através dos meios de comunicação, redes sociais e sociedade civil
organizada, furar a bolha que protege a má gestão de problemas que se arrastam no tempo. Na
rede LinkedIn, onde escrevo com frequência, a repercussão sobre a tragédia no
Rio Grande do Sul tem mobilizado milhares de pessoas como Saulo Rahal, da JRS. Sua
contribuição para o debate foram projeções de bombeamento de água que teriam
evitado as inundações em Porto Alegre, região metropolitana e cidades como São
Lourenço, Pelotas, Rio Grande e São José do Norte.
A curiosidade numa rede com a magnitude da Linkedln, foi imediata. Só no primeiro dia três mil seguidores já tinham tomado conhecimento das sugestões da Carbon ZERO e seus projetos estruturantes de escoamento de água emergencial. Dada a urgência de uma situação caótica que resultou no maior desastre ambiental, econômico e social do país, o que se fez foi mostrar que o Rio Grande do Sul não pode ficar refém de um volume de chuva e do tipo de vento na Barra do Rio Grande. Ambos são condições criadas por fenômenos naturais, que podem se repetir a qualquer momento. Portanto, senhores, fica o alerta.
(*) Canais extravasores são dispositivos de segurança de uma gestão hídrica, calculados para facilitar o escoamento de grandes volumes de água.
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