segunda-feira, setembro 09, 2024

Brasil resiliente

 


                                                     Foto: Ricardo Stuckert / PR

O mês de setembro, em particular, sempre foi muito especial para mim. Não só por ter nascido em setembro, mas também porque é a chegada da primavera. No entanto, esse ano, mal começou o mês e o Brasil já está sendo testado. Como nunca tinha ocorrido, o país foi tomado pelas chamas. Em pleno inverno, boa parte dos brasileiros sofre com altas temperaturas. As consequências são as piores possíveis. Os reservatórios das hidroelétricas estão vazios, a Aneel já anunciou bandeira vermelha na tarifa de energia. A umidade relativa do ar está baixa e põe em risco a saúde das pessoas. Estudos recentes mostram que já perdemos 30% das áreas molhadas. Uma tragédia ambiental e humana.

Embora possa se argumentar que as citações acima estão associadas as mudanças climáticas, não podemos nos esquivar das nossas responsabilidades. Os governos e os governantes só ganham o respeito da sociedade quando enfrentam situações adversas e não se abatem, resistem. Nessa primeira semana de setembro, o governo teve que enfrentar vários desafios. Ainda bem que o PIB e a nossa participação nos Jogos Paraolímpicos superaram todas as expectativas e nos fez acreditar ainda mais no país que não se entrega.  

Como resumo da semana, no campo externo o governo teve que enfrentar um bilionário excêntrico, que se acha o dono do mundo. Sua arrogância chega ao ponto de ameaçar países. Só que aqui, se deu mal. Outro constrangimento para a diplomacia brasileira, veio da Venezuela. O governo Maduro, unilateralmente, revogou a autorização que o Brasil tinha para representar os interesses dos argentinos no país. 

Se não bastasse, às vésperas do dia da Independência o presidente Lula precisou tomar uma das decisões mais difíceis do seu governo. Para evitar um desgaste maior, o presidente  precisou afastar um dos seus ministros mais próximos. No dia seguinte, em Brasília, o presidente recebeu os ministros do Supremo Tribunal Federal, com especial atenção. Nada é por acaso. Além de observar rigorosamente a liturgia do cargo, Lula aproveitou a oportunidade para mandar um recado aos insanos que ameaçam o STF e seus ministros: o Brasil é outro, resiliente e unido em defesa da democracia. Repetir o vandalismo que fizeram dia 8 de janeiro de 2023, nunca mais.     

  

 

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