Lula, O presidente do Brasil (foto, The New Yorker)
Depois de passar pelo Vaticano, Rússia e China, o presidente Lula tomou conta do noticiário internacional. Amigo pessoal do Papa Francisco de longa data, Lula sentiu como poucos sua partida. Entre todos os líderes políticos presentes na despedida do Papa, Lula era o mais próximo de Francisco. Na Rússia, durante a cerimônia dos 80 anos da vitória sobre o nazismo, o rosto sempre frio de Putim foi substituído por um visível olhar de simpatia no seu encontro com Lula. Na China, Lula se sente em casa pela ótima relação que o Brasil tem com o governo chinês. Como nada é por acaso, quem conhece os bastidores desse bom relacionamento sabe que muito se deve a ousadia, determinação e influência que Lula e Dilma tiveram na criação do BRICS.
Para entender a importância dessa rápida introdução no cenário mundial, obviamente é preciso estar desarmado e gostar do Brasil. Quando se escreve ao vento, não se sabe quem vai ler. No silêncio da noite é de bom tom se concentrar e focar naquilo que você quer repassar. A motivação do comentário está resumida no título. Uma revista semanal americana de grande penetração junto ao poder político e econômico, a The New Yorker dessa semana, não poupou elogios ao presidente do Brasil. Justamente, no mesmo momento que os EUA tiveram que se submeter a mais um vexame nas suas relações comerciais com o mundo. O descrédito está corroendo rapidamente o segundo mandato de Trump.
Quando enalteceu Lula, a The New Yorker se ateve aos fatos. Em Moscou, Lula cobrou publicamente pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, como sempre vem fazendo desde do início do confronto. Em Pequim, num encontro reservado com milhares de investidores internacionais, Lula pegou pesado com a política inconsequente de Donald Trump de taxar o mundo. Que aliás, sempre foi essa a sua posição. Nesta terça-feira, num encontro reservado com o presidente da China Xi Jinping, Lula vai tratar de novos negócios com a China. Sua prioridade, energias renováveis e ferrovias.
Como a New Yorker observou, Lula se projetou para o mundo pelos bons temas e por sua coerência. O mundo vive um vazio de lideranças, que não conseguem ser ouvidas fora de suas fronteiras. Lula, tem carisma e se movimenta com desenvoltura. Se internamente tem um Congresso atrasado para lhe atrapalhar, seu sucesso lá fora também incomoda setores da sociedade que não se conformam com sua atenção e ação voltada para os que mais precisam. Só que isso jamais poderia ser incomodo para alguém, trata-se apenas de uma definição de prioridade. Pensem nisso, não boicotem o Brasil.
PS - Antes de retornar para o Brasil, o presidente Lula participa do Encontro do Celac, em Honduras. Trata-se de uma organização que reúne os países latinos e caribenhos, que buscam uma ação conjunta que fortaleça e proteja seus interesses. Nada mais oportuno diante de um relacionamento hostil dos EUA na Região.
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