Na primeira quinzena de maio publiquei no blog De Olho no
Futuro, um comentário sobre a matéria do The New Yorkers, com a manchete “Lula
é o cara”. Diante do reconhecimento público de uma renomada revista americana ao
papel relevante do presidente do Brasil como liderança política na América
Latina, a extrema direita resolveu jogar pesado. Lá de fora vieram as taxações
e as ameaças ao STF através do governo dos EUA, devidamente inflado por um
deputado brasileiro que fugiu e que está à serviço de um outro país. Aqui o
pior aconteceu na primeira semana de agosto, quando um motim dentro do
Congresso Nacional, impediu que os presidentes das duas Casas ocupassem o seu
lugar. Pasmem, quase que assistimos um golpe contra a democracia aplicado por congressistas
que juraram defendê-la.
Nessas poucas semanas que separam maio de agosto, muitas
coisas aconteceram: o deputado que recebe PIX do pai no exterior para detonar o
Brasil, continua agindo contra o país; as taxações sem motivações técnicas de
Tump, já estão em vigor; na Avenida Paulista brasileiros enrolados na bandeira
dos EUA, apoiavam o nosso algoz. Uma situação vexatória e inexplicável diante das circunstâncias. Não dá para entender, enquanto o mundo reage contra Trump: o país mais atingido por ele tem gente festejando.
A continuar essa doideira na rua, sem rumo e sem razão, associada aos parlamentares
fazendo o que fizeram na sua própria Casa, uma ruptura institucional pode acontecer.
A canalhice tem que ser combatida com rigor onde ela estiver, ou o nosso futuro
estará comprometido. Não é hora dos desencontros ou das omissões, o Brasil está
sendo atacado por forças externas e internas. Nós não podemos nos descuidar do
Brasil. A desatenção com o país num momento grave como esse nos faz pensar que
tem gente comprometida com outros interesses, que não são os nossos. Nada é por
acaso.
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