terça-feira, setembro 01, 2009

De 4000 A.C. a 2010 D.C.

Uma recente pesquisa feita no Brasil aponta que apenas 4% dos entrevistados disseram que não estão dispostos a mudar seus hábitos para reduzir a emissão de carbono. Um resultado prá lá de convincente. Por outro lado, embora muito se fale em cortar as emissões de carbono, nenhum país conseguiu se tornar uma nação "carbono-neutra". Com toda a informação proveniente de sofisticados instrumentos de comunicação, a humanidade vem pressionando o sistema natural global de forma totalmente inconsequente.

Num passado distante, há 4000A.C., as antigas civilizações já enfrentavam as forças da natureza. Os Sumérios acabaram com a fertilidade através de uma irrigação do solo que deixou excesso de sal na terra. Os Maias, mesmo sem moto-serra, também foram responsáveis pelo desmatamento de imensas áreas.

O resultado desse estresse que o planeta está submetido, tanto no passado distante como nos dias de hoje, afeta, diretamente, a produção de alimentos, justamente o ponto fraco de muitas civilizações antigas que entraram em colapso pela fome. A crescente demanda por alimentos esbarra na impossibilidade da oferta crescer nos mesmos índices. Os limites, quem estabelece é a natureza. As razões são conhecidas: queda nos níveis dos lençóis freáticos, uso indevido de terras cultiváveis e ocorrências climáticas extremas, incluindo ondas de calor, secas prolongadas e enchentes devastadoras.

Será que a partir de 2010 os crescentes níveis de dióxido de carbono não terão o mesmo efeito para a humanidade que teve o excesso de sal no solo para os Sumérios no ano 4000A.C.?

Quem nos deixa essa pergunta é Lester Brown, do Earth Police Institute - um dos mais renomados cientistas americanos

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