quinta-feira, setembro 03, 2009

No limite

O título acima tanto serve para programa de TV como para definir a situação do trânsito em Florianópolis. Como não assisto o programa, mas sofro com o sistema viário da cidade, fica valendo a chamada para o caos que vivenciamos todos os dias na nossa capital. Antigamente era o verão, e a desculpa, os turistas. Depois a culpa era da chuva: quando chovia mais carros ocupavam as estreitas ruas da cidade. Sem um planejamento adequado a "sabedoria popular" passou a ditar as regras na capital. Quantas vezes ouvimos e falamos: na sexta, final de tarde, engarrafa; pegar o avião em dia de jogo do Avaí, nem pensar; praia Mole, no final de semana, só se estiver chovendo; as pontes, só com hora para passar; Via Expressa, não tem jeito, é assim mesmo; Beira Mar, no final de tarde, é uma fria; Pantanal e Córrego Grande, só com a Universidade de férias.... E assim continuamos por anos a fio. Só para dar um exemplo, a última obra viária nos bairros Pantanal e Córrego Grande foi o Trevo da Dona Benta, quando eu era vereador, há mais de 10 anos. De lá para cá, emplacando em média 1000 veículos por mês, dá para se ter uma idéia do caos que está!

Em junho desse ano, o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, há seis anos no cargo, escreveu um artigo, "estarrecido com a divulgação de um trabalho feito por um pesquisador que classifica Florianópolis como uma das piores cidades do mundo em mobilidade urbana". Sem entrar no mérito do estudo, e concordando com o direito do prefeito de se defender, quero também me manifestar. Tenho acompanhado a transformação da cidade nas últimas três décadas. Da forma como a cidade vem se desenvolvendo, me preocupo sobre a qualidade de vida futura que ela vai oferecer. Os engarrafamentos em Florianópolis, até onde eu sei, não são medidos, mas deveriam ser. Até para se ter uma idéia da dimensão do problema. Só para reflexão, sem qualquer pretensão científica, tomando São Paulo como exemplo. A caótica capital dos paulistanos, é 25 vezes maior do que Florianópolis. Os engarrafamentos por lá, são da ordem de 100 Km. Transportando esse indicador para cá, nossos engarrafamentos seriam da ordem de 4 km. Com certeza, muito aquém do que vemos nas nossa ruas. Sem turistas, sem chuva e sem jogo do Avaí.

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