quarta-feira, outubro 21, 2009

Diário de Bordo

Nessa terça, voltando prá casa, as leituras da TAM Nas Nuvens ajudam a passar o tempo. Alguma nova idéia para o blog, também é bem vista. Isay Weinfeld, é a capa da revista. Um prestigiado arquiteto, sem traços de vaidade. O arquiteto brasileiro mais celebrado da atualidade, reconhecido internacionalmente, chama a atenção ao criticar que boa parte dos seus colegas " projetam uma obra pública como a chance de fazer sua obra-prima. Estão preocupados consigo mesmo". Três cidades em especial, lhe dão prazer: Luang Prabang, no Laos, Veneza, na Itália e Nova York nos EUA. O que elas tem em comum? Para Isay, o que ele mais valoriza numa cidade: o prazer de caminhar.

A revista também entrevista, Jean Nouvel. Outro mito da arquitetura contemporânea. Vencedor em 2008 do Pritzker, o grande prêmio dessa área. Nouvel também surpreende, ao afirmar:"é necessário ficar atento aos sinais e seguí-los sem sucumbir às tentações da conformidade moderna". Num outro momento da entrevista, lembra que sempre repete aos estudantes de arquitetura que a vaidade é muito perigosa. E que não adianta ganhar a vida imitando os outros. Por fim, ressalta:"se voce não é sensível ao lugar e não tem a pretensão de de mudá-lo positivamente, não seja arquiteto".

Outra fera desse mundo da arquitetura e paisagismo, é Gilberto Elkis. Ouvido pela revista da TAM, relembra o importante acervo de Burle Marx. O mesmo que projetou o Aterro da Baia Sul, em Florianópolis( e que sofre até hoje com o que fizeram com a área). Para Elkis, o Aterro do Flamengo, projeto de Burle Marx, é uma lição de paisagismo. É um espaço público lindo que embeleza ainda mais o Rio de Janeiro. O interessante é fazer uma visita a pé para sentir as nuances do movimento do terreno.

Essa motivação que tive para buscar na revista depoimentos sobre arquitetura, paisagismo, espaço público e planejamento urbano, surgiu depois da minha passada pela Universidade, como convidado à debater o filme " Home, o mundo é nossa casa". Um longa-metragem, dirigido por Yann Arthus-Betrand e Luc Besson, com forte apelo à tomada de consciência sobre o futuro do planeta. A promoção é do Ministério da Educação Nacional e o Ministério da Ecologia e do Desenvolvimento Sustentável da França. A iniciativa faz parte do Ano da França no Brasil. O filme é impactante. As cenas de devatação da natureza, impressionam !

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