segunda-feira, outubro 26, 2009

Integração, o grande desafio do Mercosul

Com os primeiros números das pesquisas de boca de urna do Uruguai apontando para o segundo turno, volta ao debate a questão da integração. José Mujica, o vencedor do 1º turno, favorável as políticas voltadas para um Mercosul mais integrado, ao que parece, irá enfrentar no 2 ° turno, Luis Alberto Lacalle, cujas declarações apontam para novas dificuldades na dura tarefa de integração regional.

Já comentei no blog e insisto na tese de que o Mercosul precisa encontrar interesses comuns para viabilizar sua integração. Tenho, sempre que posso, colocado as energias renováveis como uma alternativa concreta para isso. Todos os paises tem potencial natural e as diferenças de escala e de conhecimento não são impeditivos para a implantação de uma política regional.

Embora no mundo da diplomacia não se queira reconhecer, o tamanho da economia brasileira, principalmente em relação ao Uruguai e ao Paraguai, tem dificultado o avanço na integração. As assimetrias são grandes. A indústria desses dois paises não compete com o parque fabril brasileiro. E todos sabem disso.

A Asia, por exemplo, sinônimo de um processo de integração bem sucedido, inicialmente tratou de melhorar a logística e sua infraestruta. Porque logística e infraestrutura é do interesse de todos. Em paralelo, investiu pesado em setores prioritários ao desenvolvimento de qualquer nação: educação, ciência e tecnologia e acesso ao crédito. Criou as condições para uma agenda regional horizontal que possibilitou, sem distinções, que toda a região se desenvolvesse igualmente.

Nosso caminho não poderá ser diferente. Não há integração plena diante grandes diferenças. A agenda está clara. O instrumento de integração, também. O que para mim ainda não está claro é a vontade política de todos os nossos governantes de nos unirmos como bloco regional.

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