quinta-feira, outubro 08, 2009

A Nau dos Insensatos

A Nau dos Insensatos foi um dos bons filmes que vi na década de 60. Conta as histórias de diferentes passageiros em um navio que vai do México para a Alemanha nos anos 30. Não sei por que quando me chegam críticas infundadas à gestão da Eletrosul, me vem esse filme à cabeça.
O comparativo faz sentido. Todos sabemos o quanto sofremos durante o processo de cisão e de privatização da geração da empresa. A Eletrosul, sempre é bom lembrar aos velhos esquecidos e aos jovens que agora fazem parte do seu quadro, era para ser EXTINTA! A rigor esse grupo de naúfragos, que insiste em atacar a empresa e sua direção, navega há sete anos em mar tranquilo. Suas perdas salariais foram repostas, recebem participação nos lucros e sem as ameaças de demissão a atormentá-los, não há muito a reclamar.


Há duas semanas atrás chegou aos meus ouvidos o lamento de um "insensato". Querendo me atingir, começou suas lamúrias reclamando do meu afastamento do sindicato e da empresa. O "abandono", segundo ele, tinha prejudicado o Sinergia e a Eletrosul. Quando me elegi deputado federal, em 2002, já estava fora do sindicato. E em março de 2003 também resolvi me afastar da empresa por entender que era a melhor solução. Aliás, foi graças a essa decisão que pude me movimentar no Congresso e ver aprovado algo até então impensado: a retirada de todas as empresas estatais do setor elétrico do Plano Nacional de Desestatização - PND. Nesse projeto, também através de uma emenda de minha autoria, a Eletrosul que antes estava impedidada pôde voltar a investir em geração. Graças a essas iniciativas a empresa hoje é outra. Saiu do "caixão" e foi para a vitrine.
Há cinco anos é eleita a melhor empresa do setor. Quanto ao Sinergia, quem tem responder são seus diretores. Penso que as dificuldades que passa o movimento sindical é resultante da falta de bandeiras. As grandes centrais como CUT e Força Sindical, agora disputam espaço nos eventos que fazem ..... com shows e sorteios.



Por último, sobre os comentários maldosos do "insensato", em relação à diretoria da Eletrosul e a mim. A "diretoria dos petistas", como foi chamada, pode até ter cometido alguns erros. Isso faz parte de uma gestão. Quero no entanto destacar o quanto esses diretores estão contribuindo para consolidar a Eletrosul como uma empresa modelo do setor elétrico brasileiro. Não apenas pelos prêmios que vem recebendo, mas pelo esforço que vem fazendo ao se apresentar como uma empresa energética, com forte presença e compromisso com as energias renováveis. Está construindo, por exemplo, obras fora da sua área de atuação, como Jirau. E faz parte do seu planejamento, projetos futuristas que contemplam a energia limpa do sol, dos ventos e da biomassa.
Quanto a mim, não estou ficando rico. Já me sinto um homem rico: pela família que tenho, pelo que a vida me deu. Se o meu objetivo fosse ficar mais rico, teria criado uma firma de engenharia, uma empresa de consultoria ou um escritório de representações. Nunca um instituto sem fins lucrativos. Quero viver de sonhos. O Instituto IDEAL é um deles.

Um comentário:

Fabrício Aguirre disse...

Infelizmente o mundo deu suas voltas e a empresa está para ser extinta novamente, incorporada pela CGTEE...