Fiquei surpreso ao constatar que os dois artigos que mais me chamaram atenção na Folha de S. Paulo de hoje, tratavam da violência. Casualmente, tema que nunca tinha abordado no blog. Sou da paz, mas as vezes, para o meu desencanto, acho que a violência está na moda. A maioria dos filmes e videogames disponibilizados, estão relacionados com a violência. Os noticiários dos jornais, rádios e TV's também destinam boa parte do seu espaço a cenas e relatos de atos violentos. Quando li de João Pereira Coutinho, "Bastardos gloriosos" e de Ruy Castro, " Ao mestre com desprezo", fiquei bastante envolvido com os dois excelentes textos. Como o artigo de João Pereira trata do filme de Tarantino "Bastardos Inglórios", que por coincidência tinha acabado de assistir, vou comentá-lo primeiro.
" Bastardos Inglórios", último filme de Quentin Tarantino, é imperdível. Ele tem de tudo: violência e humor. Para Pereira o humor está acima da violência. Mas concorda, ao afirmar, que pela primeira vêz os judeus não são apenas vítimas; também são vingadores, matando os nazistas com extrema violência. Como lembra João Pereira, não é fácil aceitar essa inversão de papéis. Judeus matando alemães na França ocupada como se matam ratazanas. À paulada. Felizmente, de forma bem dosada, entra em cena o refinado humor de Tarantino, que consegue com sua técnica apurada, minimizar o forte impacto das cenas de violência. Não vou adiante. Assistam o filme. Deixo para amanhã o comentário sobre "Ao mestre, com desprezo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário