Esse é o título do livro do socíologo e professor universitário, Alberto Carlos Almeida, comentado pelo próprio autor no Jornal Valor, nesse final de semana. No livro ele relata a pesquisa feita na eleição de 1992 na Grã-Bretanha, considerado um dos erros de pesquisa mais conhecido pelos estudiosos do tema. A Market Research Society realizou um estudo sobre aquele fenômeno e concluiu que todas as fontes de erro foram "não amostrais". Um fator de grande peso foi a recusa em responder às pesquisas.
Isso ocorreu na Grã-Bretanha, há quase vinte anos atrás. O autor no seu livro trás para a nossa realidade o que aprendeu analisando os erros cometidos pelos institutos de pesquisa naquela eleição. Para ele, não existe profissão isenta de erros. O que acontece no Brasil é que é dada uma importância desproporcional as pesquisas. No Brasil há uma guerra ferrenha por cada ponto percentual que um candidato sobe ou desce, como se isso fosse definir seu destino, ganhar ou perder. Portanto, admitir os erros nem pensar. Vendem seus trabalhos pelo preço que pode vir a valer. Esse fenômeno é próprio daqui. Para eles as pesquisas não erram jamais. E assim segue a vida: de eleição em eleição. Agora mesmo, já começam a influenciar nos acordos para as futuras coligações.
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