"Sob a liderança do PSDB, os ruralistas tentaram dar um golpe ontem no processo de votação do Código Florestal. A discussão do Código em si já é uma ameaça. Pior é o golpe tucano, porque ele tentava atropelar tudo e votar já a anistia para os desmatadores e a permissão de plantar espécies exóticas na Amazônia. O barulho das sirenes do Greenpeace parou a votação, por uma semana." Essa denúncia é de Miriam Leitão. Ela mesma, para surpresa de muita gente. No dia de ontem, Finados, quantos ambientalistas devem ter pulado nos seus túmulos, diante do silêncio dos nossos congressistas. Precisou o Greenpeace agir dentro do Congresso para que a votação fosse adiada.
Eu fico impressionado como tem gente se fazendo de morto nessas dicussões sobre Código Florestal no Brasil. Todos sabem que o mundo está discutindo como proteger o que resta de reservas ambientais no planeta. Que em dezembro, todos os paises vão estar reunidos em Copenhague para debater a mais aguardada negociação climática do mundo. E nós aquí, pagando o mico: assistindo nossos congressistas agindo como facilitadores da destruição.
E o que é pior, como sabem que desmatar só agrada quem desmata, ficam tramando na surdina. Não querem assumir de público o desgaste de serem responsabilizados pela degradação do meio ambiente. Vide o que aconteceu em Santa Catarina. Insisto nesse tema, porque não me conformo com o resultado da votação na Assembléia Legislativa. " O argumento de que o Brasil é grande, e tem ecossistemas diferentes, e que, por isso, os estados devem decidir, é falacioso. A diversidade brasileira é fato, e por isso há normas diferenciadas. Mas topo de morro, encostas e beira do rio têm que estar protegido em qualquer lugar do mundo. Não há relatividade possível." M.L.
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