Volto ao tema. Até porque é o assunto. Um mega projeto, com megas problemas. Os números apresentados e as preocupações com o empreendimento, só fazem as dúvidas crescerem. Embora Belo Monte vá ter 11 mil MW instalados, em determinados períodos do ano (seca), a previsão é que irá gerar apenas 10% desse total (1000MW - firmes). O aproveitamento médio de uma instalação solar, por exemplo, é de 10% a 14% da potência instalada. No caso da energia eólica, dependendo do regime de ventos, pode ser de 30% a 40% da potência instalada. Será que não é hora de se rever o projeto de Belo Monte? Será que não é hora de se investir em larga escala em energias renováveis, como solar e eólica: limpas, descentralizadas e próximas dos centros de carga?
CEPEL - Para reforçar o que eu venho falando, o CEPEL (Centro de Pesquisa de Energia Elétrica), da Eletrobrás, anunciou que vai atualizar os dados do Mapa Eólico brasileiro. Os estudos feitos em 2001 estão baseados em medições de vento feitas a 50 metros de altura. O valor estimado do nosso potencial naquela época foi de 140 GW. Com as novas tecnologias, o CEPEL vai rever esse potencial com medições de vento a 150 metros de altura. As projeções indicam que o potencial brasileiro passaria de 250 GW. Ou seja 25 usinas de Belo Monte.
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