terça-feira, abril 13, 2010

Inflação, dinheiro e parceiros

A luz acendeu. A inflação do primeiro trimestre deu sinais de que está viva. No trimestre, o índice apurado de 2 % foi o maior em 7 anos. O governo, atento, não quer saber de onda (nem marolinha)inflacionária em ano de eleição. O ministro Mantega negou estar havendo uma inflação de demanda e afirmou que a indústria tem capacidade de atender o nosso mercado. O presidente Lula também já declarou: "farei tudo para a inflação não voltar".

Em paralelo, mas também com forte influência num cenário favorável a um incremento dos índices de inflação, o dinheiro não para de entrar no Brasil. Bancos brasileiros estão captando recursos lá fora a 6% ao ano e investidores estrangeiros direcionam seus investimentos para cá, em razão da boa remuneração dos seus ativos no Brasil.

Outra novidade no meio da turbulência econômica própria de anos eleitorais foi o tema pautado pelo BRIC, em relação a criação de uma moeda única. A iniciativa dos quatro países que formam o BRIC, Brasil, Rússia, Índia e China, no sentido de criarem uma moeda própria, com validade interna, como opção ao dólar, gerou uma série de dúvidas e tensões. Afinal são quatro grandes economias e quatro grandes mercados. Talvez pensando nessa nova possibilidade é que o governo chinês vem sinalizando com uma possível valorização do yuan. A moeda chinesa estrategicamente desvalorizada tem facilitado a entrada de produtos chineses e aumentado significativamente as reservas da China. Claro que os chineses não estão preocupados com seus parceiros externos, a valorização do yuan é também necessária para combater o crescimento da inflação na China. Com o yuan mais forte as importações ficam mais baratas e os produtos importados passam a funcionar como controle de preços.

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