segunda-feira, maio 10, 2010

Uma história sem inocentes

O depoimento de Jarbas Passarinho, ex-ministro do governo Médici ao jornal Valor, em 31 de março, aniversário de 46 anos do golpe de 1964 é para ser lido e guardado. Faz parte da história.

Uma história sem inocentes.

Segundo ele, Costa e Silva (1967-1969) e Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) ficaram como sendo os governos duros e Ernesto Geisel (1974-1978) como sendo alguém com espírito democrático. O ex-ministro Passarinho, profundo conhecedor dos anos de repressão, praticamente sugere uma inversão da maneira como a história deve ver cada um desses personagens.

Passarinho propõe uma releitura da história. Para ele, no governo Geisel houve política de Estado de extermínio de adversários. Foi uma decisão presidencial que eliminou fisicamente a guerilha rural que estava isolada e não se apresentava como uma ameaça ao regime. Há oito anos atrás, Passarinho declarava: "eu tenho a triste impressão de que a guerilha do Araguaia foi utilizada como pretexto para continuar o regime autoritário".





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