quarta-feira, outubro 20, 2010

Domingo no Parque

Quem é da minha geração com certeza se lembra da letra e do sucesso que fez a música "Domingo no Parque", de Gilberto Gil, no final dos anos sessenta. Só que o domingo no parque que eu me refiro não é o do Gil, é o meu. Distante de Florianópolis (cerca de 1500 km), a caminho de Santa Fé, na Argentina, onde me encontro participando da 17ª Jornada dos Jovens Cientistas, passei a noite de domingo em Tacuarembó, no Uruguai. Sem ter o que fazer fui "esticar as pernas" caminhando no imenso parque que a cidade possui. Como na letra do Gil o parque estava cheio. O forte calor que fazia me levou a tomar um sorvete. Pois foi tomando esse sorvete que me veio uma sensação prazerosa que raramente nos acontece. Logo vi que não podia ser do sorvete, já que não tinha nada de especial. Do parque também achei que não era: estava quente e seco demais. Refletindo um pouco sobre a vida, sobre o trabalho que venho fazendo, o envolvimento com os jovens e os compromissos que surgem a cada dia, cheguei a conclusão que o motivo desse sentimento de felicidade interna, de bem estar com a vida, está diretamente relacionado com a motivação pessoal. Estar motivado te dá prazer. Percorrer, de carro, sozinho, 2 mil qulometros para falar com jovens de diferentes países me fez perceber isso. No parque, conversando com meus botões, tive a certeza que a felicidade é um estado de espírito. Foi muito bom sentir isso. Não vou me esquecer desse "domingo no parque" em Tacuarembó.

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