Olhar para o futuro me encanta. Acho que está no meu DNA. No próximo dia 23, Florianópolis comemora 286 anos. Como nesse dia as programações são festivas, falta espaço para refletirmos se há motivos para se festejar. Por isso resolvi escrever sobre a Florianópolis do futuro, com 300 anos de idade. Como tenho minhas dúvidas de que os prefeitos e vereadores que virão serão capazes de criar restrições ao crescimento urbano desordenado, a cidade que vislumbro será pior da que temos hoje. Sem um planejamento e com uma população beirando um milhão de habitantes, inevitavelmente, Florianópolis perderá qualidadede vida. As ruas, pelo tipo de cidade que temos, serão praticamente as mesmas. Só que os carros a disputá-las serão mais de 500 mil. A especulação imobiliária continuará muito ativa nesse período de tempo que nos separa dos 300 anos de nossa capital. Portanto, nesses 14 anos que faltam, a cidade vai incorporar milhares de novas edificações. Morros e mangues ocupados, ruas engarrafadas, praias lotadas são imagens que me vêm à cabeça nos 300 anos de Florianópolis. No entanto, esse cenário que vislumbro não é o que a grande maioria da população quer. Impedir o caos urbano é obrigação nossa. Sem nos preocuparmos com as rotulações, a hora é de unir esforços em defesa de uma cidade preservada. Dizer NÃO a especulação é o presente simbólico que devemos dar a Florianópolis pelos seus 286 anos de vida.
PS- o artigo acima foi publicado no Diário Catarinense na semana das comemorações dos 286 anos de Florianópolis. Pela repercussão que teve resolvi repassá-lo para o blog.
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