Num texto recente de Thomas Friedman para The New York Times, ele comenta sobre o livro Power, Inc de David Rothkopf, diretor e editor-geral da revista Foreign Policy. Segundo ele, a grande indagação sobre o século XXI será qual versão do capitalismo predominará. Cita, textualmente, os modelos: chinês, europeu, americano ou o novo capitalismo que favorece o desenvolvimento democrático, como o do Brasil.
Depois dessas obervações iniciais, Rothkopf volta-se para os EUA e seus desafios objeto dos seus estudos e do livro que publicou. Como não li o livro e nem me considero um expert na situação econômica e política dos EUA, o comentário que faço é sobre a citação que foi feita ao Brasil. Identificá-lo como uma referência num projeto global de desenvolvimento democrático era, convenhamos, algo impensável há 10 anos atrás. Essa condição que conquitamos, lá fora é muito mais reconhecida que aqui. Ontem, por exemplo, recebi uma ligação da Embaixada da Austria na Argentina para ver se podia agendar um encontro com Josef Hofer, do Conselho Comercial da Austria para a América Latina, e com Christian Gessi, membro da Federação Econômica da Europa Central e dos Países Bálticos. Como souberam que eu estava em Montevidéu e eles na Argentina procuraram viabilizar uma agenda.
Almoçamos juntos e trocamos informações. Da parte da Austria há um claro interesse de se aproximar com o Brasil. Um país pequeno, com 8 milhões de habitantes, mas tecnologicamente muito avançado. Viena, a capital, é considerada a cidade melhor resolvida no mundo sobre o ponto de vista urbano. Vamos ter a oportunidade de conhecer um pouco melhor a Austria no seminário que o Instituto IDEAL irá promover dias 24 e 25 de abril, em Florianópolis.
Nosso contato com a Austria é muito recente, é desse ano. No entanto, são situações como essa que seguidamente nos envolvemos é que confirmam o título desse comentário. Lá fora tem muita gente de olho no Brasil. Penso que estamos num momento ímpar para criar o que David Rothkopf chamou de "desenvolvimento democrático". Imaginem o Brasil servindo de modelo para o mundo. Nada impossível: a Europa em crise, os EUA patinando e os nossos parceiros do BRIC com dificuldades políticas, sociais e ambientais bem mais complexas do que as nossas. O Brasil, ao que parece, é mesmo a bola da vez!
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