sexta-feira, setembro 21, 2012

Instrumentos úteis à sustentabilidade

Dentro das inúmeras iniciativas que surgem para controlar o impacto de grandes projetos de infraestrutura, uma que até hoje rende frutos é conhecida como os Princípios do Equador (PE). A origem se deu nas discussões que sucederam a RIO 92, com os setores financiadores de projetos de desenvolvimento nos países emergentes.

Quem recupera a importância dos PE é Virgínia Campos, diretora presidente da Limiar Estudos e Projetos Energéticos Ltda.  Segundo ela, em 2003 houve o lançamento dos princípios que deveriam nortear a concessão de créditos em projetos de desenvolvimento. Naquele ano, aderiram à proposta 10 dos maiores bancos internacionais. Atualmente, 77 instituições financeiras são signatárias dos PE.

Em razão desse processo, o setor elétrico brasileiro vem priorizando instituições financeiras que adotam os PE como um dos critérios para a concessão de crédito. Assim, quando as empresas do setor saem atrás de recursos financeiros já incorporam na avaliação do Project Finance quesitos como: gestão de risco ambiental; proteção à biodiversidade; avaliação de impactos socioeconômicos, incluindo as comunidades tradicionais, quilombolas, povos indígenas e proteção a habitats naturais, comenta Virgínia Campos.

Claro que a complexidade e amplitude que envolvem um projeto verdadeiramente sustentável, vai além dos quesitos acima ralacionados. Como também faz parte da nossa compreensão que muitos dos instrumentos utilizados, embora úteis, não substituem o papel exercido pelos orgãos ambientais e a sociedade civil organizada. É no exercício da boa cidadania  que afloram conceitos e outros indicadores  de sustentabilidade. São eles que enriquecem o debate e ajudam a promover investimentos  mais conscientes. (Fonte: hidro & hidro - nº 53)

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