Enqanto a atenção de boa parte dos brasileiros está voltada para o Supremo Tribunal Federal, Horário Eleitoral e os próximos capítulos da Avenida Brasil (não necessariamente nessa ordem), a produção da indústria brasileira emite sinais de estagnação. A luz vermelha acendeu, e o governo não se fez de rogado. O anúncio na redução das tarifas de energia elétrica, de 28% para a indústria, é uma resposta a crise que se avizinha. A liberação de recursos para investimento em infraestrutura e desenvolvimento tecnológico, também caminha nessa direção. Para nossa tranquilidade, Dilma é do ramo - sabe como ninguém o preço da desindustrialização do país.
Longe de considerar meus conhecimentos suficientes para projetar um céu de brigadeiro para a nossa economia, nem ingênuo a ponto de desconsiderar nossas fragilidades, considero os juros baixos como a grande novidade. A queda do rendimento do dinheiro vai impulsionar novos negócios em projetos de longo prazo. Tão logo os investidores do sistema financeiro se derem conta que o seu capital está sendo remunerado a um juro real de 2% a 3% ao ano, vão procurar investimentos em projetos de infraestrutura que irá remunerá-los bem acima do que os bancos estão oferecendo. A se confirmarem minhas despretensiosas previsões, ainda nessa década, vamos entrar num momento de grande movimentação de projetos estruturantes que irão contribuir para afastar a ameaça de uma eventual estagnação de nossa economia.
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