quarta-feira, setembro 05, 2012

Os bancos e a cidadania

 Hoje, em função da campanha eleitoral, precisei ir na agência da CEF da Universidade  para fazer um depósito na conta do Lino Perez - candidato a vereador. Peguei a senha, sentei e fiquei aguardando a minha vez. Do meu lado, dois senhores comentavam sobre a importância da lei CMF 699/2002 fixada na parede. O aviso da Caixa, que fazia referência a lei,  dizia que a agência cumpria rigorosamente o que a lei estabelecia ccmo tempo de espera para  atendimento:  20 minutos em dias normais e 30 minutos em vésperas de feriados bancários. Por frações de minuto, uma história vivida há dez anos passou passou pela minha cabeça. Me recordo que  as filas nos bancos, na época, eram intermináveis. Não havia senha, controle de horário, lugar para sentar, água para beber. Ir ao banco era uma humilhação. Os bancos nào estavam nem aí para seus clientes. Os gerentes, quando chamados pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Florianópolis, se recusavam a comparecer. Foi preciso insistir: fotografar as filas, entrevistar as pessoas e envolver a imprensa. Não sei precisar quanto tempo se levou das primeiras reuniões a aprovação da lei. Meu tempo de relembrar o passado tinha se esgotado. Minha senha estava sendo anunciada no monitor.  De volta para o escritório comentei com as meninas sobre o ocorrido e da importância de uma legislação que atenda e proteja a cidadania.  São nessas horas que a gente se lembra de que o caminho foi longo e duro, mas valeu a caminhada.

PS- a lei CMF 699/2002, é de minha autoria. Foi aprovada quando era verador e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Florianópolis. Foi a segunda lei a estabelecer tempo máximo para atendimento em estabelecimentos bancários no Brasil.

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