Gaúchos no escuro

Quem diria, no Rio Grande do Sul onde a presidente Dilma se notabilizou à frente da Secretária de Energia, os gauchos ficaram no escuro.  Em algumas regiões do Estado a interrupção foi por mais de 48 horas. Na Grande Porto Alegre, por exemplo, familias ficaram sem luz mais de 64 horas. O motivo de tamanho transtorno foi o temporal da última terça-feira. O desastre natural associado a um histórico de deficiências estruturais das três maiores distribuidoras que atuam no Rio Grande do Sul, provocou a indignação dos consumidores. As concessionárias  se mostraram incapazes de agir com rapidez diante vendavais de verão. Por coincidência, estou em Porto Alegre justamente tratando de energia. Segundo o que li, faltam investimentos e pessoal. Portanto, nada que não possa ser resolvido. Basta querer. Além do sistema de distribuição dar sinais de fragilidade o  Estado também precisa priorizar a geração de energia. A região sul, de Osório ao Chuí,  pelas boas condições de vento, é o caminho natural para a implantação de uma matriz energética  limpa e renovável. A energia eólica é o futuro do Rio Grande do Sul. É uma energia competitiva e de fácil implantação. O que falta é uma política de incentivo para desenvolvimento tecnológico e programas de preparação e qualificação de mão de obra. Aliás, estou aqui justamente para contribuir com isso. Para nós do Instituto IDEAL, faz parte do nosso DNA ter essa visão e esse compromisso com projetos novos e sustentáveis.