Deu o esperado, embora houvessem três outros candidatos, os deputados seguiram a lógica da Casa: nada de surpresas. Elegeram Henrique Alves, assim como fizeram com Renan na sexta. O voto secreto mais uma vez facilitou a vida deles. Henrique Alves, assim como Renan, Sarney, Severino Cavalcanti, Jader Bargalho e outros, conhece seus pares como ninguém. Sabe o que a maioria quer e o que fazer para atendê-los. São cargos na Mesa, nas Comissões, relatorias de projetos, viagens ao exterior e outras demandas caseiras. Sem falar, lógico, nas famosas emendas. A cada deputado cabe R$ 12 milhões por ano. O novo presidente teve recentemente seu nome envolvido com emendas de sua autoria sendo repassadas para uma empresa de um assessor do seu próprio gabinete.
O destino das emenda, se devidamente apurado, é uma ameaça viva ao Congresso Nacional. Os congressistas jamais correriam o risco de eleger um presidente disposto a apurar o que foi feito com emendas, com as verbas de gabinetes ou com as passagens aéreas.
PS- no final do meu mandato, em dezembro de 2006, tentei devolver as passagens aéreas que haviam no meu nome e que não tinham sido utilizadas. Devolvê-las foi uma novela. Ninguém queria recebê-las. A devolução, não fazia parte dos procedimentos da Casa. Só em julho de 2007, depois de inúmeras recusas, protocolei na Mesa Diretora o documento onde repassava para a Câmara bilhetes da TAM e da Varig em aberto. Guardo até hoje esse documento, onde consta a devolução que fiz para a Câmara nos valores de R$40.000,00 em passagens da TAM e de R$ 9.781,46 de bilhetes da Varig.
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