terça-feira, fevereiro 26, 2013

Marina e sua rede


Sempre tive uma simpatia pelas bandeiras e pela história de vida de Marina. Em 2010, quando se lançou candidata, registrei no blog que Marina era o fato novo daquela eleição e que sua maior dificuldade era seus pares no PV. Passado o tempo, comento agora que minhas observações estavam certas. Marina recebeu cerca de 20 milhões de votos e logo depois abandona o partido, por não ter o espaço que esperava dentro do PV. Agora, embalada pelos bons números de uma recente pesquisa, Marina cria uma rede, a sua rede.

Num país que tem mais de trinta partidos, não há espaço programático ou explicação ideológica para tanta sigla. Até entendo a legitima pretensão de Marina novamente se candidatar. Agora, criar uma rede com esse objetivo cheira oportunismo.  Pela capacidade de mobilização que tem as redes sociais, e o grande distanciamento da sociedade aos partidos que se criaram nos últimos anos para atender interesses obscuros de “lideranças políticas”, me arrisco a afirmar que são grandes as chances de Marina conseguir as assinaturas que precisa para viabilizar sua candidatura em 2014.

No entanto, ao contrario de 2010, Marina, em 2014, não é mais um fato novo. E sua rede, aos olhos dos eleitores, deixará de ser uma rede e passará a ser mais um partido.  E o que não nos falta, Marina, é partido.

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