quarta-feira, maio 08, 2013

Hollande, os vinhos e a crise.


Imagino que a semana que passou tenha sido surpreendente para os franceses. Pela primeira vez o governo anuncia que vai leiloar boa parte dos vinhos que fazem parte de sua famosa adega. Outra surpresa vem das ruas de Paris, a mobilização dos conservadores que se opõem as leis que asseguram direitos a união dos homossexuais. O reflexo disso aparece no campo político. A acentuada queda de popularidade de François Hollande é prova disso. Recentemente eleito, caiu em desgraça e paga o preço de uma Europa em crise.  

Os índices de desemprego só crescem. E, por consequência, a paciência da população se esgota. Analistas econômicos e cientistas políticos estão cada vez mais convencidos que as medidas de austeridade são a principal causa desse quadro de desencanto. Com isso, aumenta a pressão para que os governantes apontem outros caminhos. 

Com mais de 20 milhões de desempregados a Europa pode virar palco de manifestações e revoltas sociais de desfecho imprevisível, lembra Benjamin Steinbruch. Para ele o pior dos mundos é o da estagnação. Sem crescimento tudo se torna mais difícil. Para justificar seus argumentos, Benjamin, volta ao passado distante e lembra que em 1816, em razão de uma guerra de 125 anos com a França, a dívida pública do Reino Unido chegou a 240% do PIB. E sabem como saíram da crise? Investindo e crescendo. Como resultado desse esforço veio a chamada e sempre lembrada revolução industrial.  

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