Imagino que a semana que passou tenha sido surpreendente
para os franceses. Pela primeira vez o governo anuncia que vai
leiloar boa parte dos vinhos que fazem parte de sua famosa adega. Outra surpresa
vem das ruas de Paris, a mobilização dos conservadores que se opõem as leis que
asseguram direitos a união dos homossexuais. O reflexo disso aparece no campo
político. A acentuada queda de popularidade de François Hollande é prova disso.
Recentemente eleito, caiu em desgraça e paga o preço de uma Europa em crise.
Os índices de desemprego só crescem. E, por consequência, a
paciência da população se esgota. Analistas econômicos e cientistas
políticos estão cada vez mais convencidos que as medidas de austeridade
são a principal causa desse quadro de desencanto. Com isso, aumenta a pressão para que os governantes
apontem outros caminhos.
Com mais de 20 milhões de desempregados a Europa pode virar
palco de manifestações e revoltas sociais de desfecho imprevisível, lembra
Benjamin Steinbruch. Para ele o pior dos mundos é o da estagnação. Sem crescimento
tudo se torna mais difícil. Para justificar seus argumentos, Benjamin, volta ao
passado distante e lembra que em 1816, em razão de uma guerra de 125 anos com a
França, a dívida pública do Reino Unido chegou a 240% do PIB. E sabem como saíram
da crise? Investindo e crescendo. Como resultado desse esforço veio a chamada e
sempre lembrada revolução industrial.
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