terça-feira, abril 15, 2014

Quando o poder dá nojo

Já faz algum tempo que alguém utilizou a expressão "nojo do poder". Como a memória nunca foi meu forte, não me lembro do autor e nem sei se li ou ouvi. Na época me marcou. Acho instigante tudo relacionado ao poder. No final de semana, diante do balanço do terceiro ano de guerra civil na Síria, o "nojo pelo poder" me veio à lembrança. Não há nada que explique tamanha insanidade e tanta matança- só mesmo o poder. A economia do país foi para o saco. A inflação nesses três anos de conflito chegou a 212%. Os refugiados chegam a 2,5 milhões e os mortos passam de 150 mil. Com esses números e com o país dividido, não há vencedores só vencidos. Na caótica situação da Síria de desesperança coletiva, a responsabilidade maior é do governo. O preço do desatino recai no ditador Bashar al-Assad. Independente do que pensam seus seguidores e dos desencontros da oposição, não pode um governante conviver com a matança do seu povo. Escrevo sobre isso, justamente em função das informações que chegam de lá. Segundo fontes internacionais que acompanham o que se passa na Síria, é visível o fortalecimento de Assad no enfrentamento com a oposição. Sinal de que sua vontade cega por poder, ainda irá gerar muitas mortes. E, se depender dele- o fim da guerra civil está longe de acontecer.  Pelo poder, dane-se o povo!

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