sábado, outubro 25, 2014

A delação premiada e as eleições

Quando a revista Veja antecipou sua circulação para estampar na capa acusações de um doleiro preso, a reação de indignação de Dilma não poderia ser outra: "não posso me calar frente a esse ato de terrorismo eleitoral articulado pela revista Veja e seus parceiros ocultos".

O objetivo estava claro, no debate a bola ficou picando para o Aécio. E os jornais de sempre, no dia seguinte fizeram a festa.

Li e guardei o que escreveu a uma semana atrás o jornalista Moisés Mendes  (ZH 19/11):

"A delação é quase uma profissão. O mais veterano, o decano dos delatores, é o doleiro Alberto Youssef, da Operação Lava-Jato. Youssef delatou meio mundo, em 2003, nas investigações da CPI do Banestado".

"Um delator, para se salvar, não poupa ex-amigos, ex-sócios e ex-compadres. O delator cumpre integralmente uma missão. Delata vivos, moribundos, mortos, e tudo o que diz vira manchete", lembra Moisés.

Em outro momento do seu artigo, como se tivesse antecipando o que a revista Veja fez, Moisés alerta: "O Brasil ganharia dinheiro com a exportação do conhecimento dos seus delatores, a forma de agir, a traição, a técnica de listar nomes, comprometer amigos e inimigos e espalhar terror no meio de uma eleição".

Sem comentários. Independente do resultado de amanhã essa história vai render.  

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