Ontem, me deu pena do Brasil. Aqui é o único lugar no mundo que tem Terceiro Turno. Ele começa no dia seguinte ao fechamento das urnas. Assim está sendo o day after de Dilma. Sem qualquer constrangimento, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, da base do governo, na retomada das atividades da Câmara Federal fez questão de pautar temas contrários aos interesses do Planalto. Um outro aliado, o senador Sarney, veio a público expor suas ideias e propor o parlamentarismo como forma de governo. Um Congresso como o nosso, com mais de trinta partidos e congressistas sem grandes compromissos com a fidelidade partidária, a proposta é no mínimo descabida. Sem falar nas duras declarações do vice de Aécio, o senador Aloysio Nunes, que da tribuna do Senado se negou a dialogar com o novo governo. Estranho, já que durante toda a campanha defenderam um país unido para sair da crise. Ninguém merece.
PS- Sarney ainda comentou: "As medidas provisórias deformam o regime democrático...As leis são da pior qualidade e as MPs recebem penduricalhos que nada tem a ver com elas para possibilitar negociações feitas por pequenos grupos a serviços de lobistas" (FSP 29/10). Todos sabem da influência que Sarney teve (e ainda tem) no Congresso. Só agora, que está de saída, se lembrou de fazer um balanço do Poder Legislativo por onde passou tantos anos. Ninguém merece.
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