terça-feira, dezembro 02, 2014

Usinas nucleares, será que é isso que queremos...

De tempos em tempos, o ministro Lobão declara que faz parte do planejamento estratégico do setor de energia implantar usinas nucleares no litoral do nordeste.  O programa nuclear brasileiro - é uma história antiga. Nasceu com os militares e perambula  pelos corredores de Brasília por décadas. O mundo, ao contrário do ministro, só fala em energias renováveis. Recentemente,  a energia solar mostrou sua potencialidade: mais de 30 projetos, totalizando 1 GW- foram aprovados no leilão de 31 de outubro. Não me lembro do ministro ter festejado como devia essa boa notícia. 

Para os defensores do programa nuclear refletirem, seguem alguns horrores que os russos ainda convivem após 21 anos de desastre de Chernobil. A contaminação radioativa nos territórios próximos à usina nuclear de Chernobil, na Ucrânia, demorará mais de 300 mil anos para se dissipar, segundo revelaram ambientalistas russos, no 21º aniversário da maior tragédia nuclear da história.   

Os territórios em um raio de 50 quilômetros em torno de Chernobil nunca poderão ser habitados – disse Alexei Yablokov, dirigente do Partido Verde russo.


Yablokov, professor e especialista em assuntos ambientais, disse que, atualmente, pelo menos cinco milhões de pessoas vivem nas regiões contaminadas pela explosão de 26 de abril de 1986, nos territórios da Ucrânia, Rússia e Belarus.

Nunca vai se saber o número de mortos relacionados ao desastre. Mesmo assim as previsões são alarmantes:

Apesar de não haver dados oficiais definitivos, fontes ucranianas, russas e bielo-russas calculam que, nos últimos 20 anos, ao menos 350 mil pessoas morreram em conseqüência da radioatividade produzida pela explosão.

Nos primeiros dias após a tragédia, mais de 850 mil militares, operários, engenheiros e especialistas de toda a União Soviética foram à região do acidente.

Rapidamente, este exército de homens e máquinas construiu, a curto prazo, o “sarcófago”, uma enorme couraça de aço e concreto para cobrir o quarto reator destruído e centenas de toneladas de escombros altamente contaminados com radiação.

O trabalho destes homens salvou o planeta de um enorme e mortal foco radioativo, mas causou a morte de muitos, e tornou a maior parte dos que participaram da obra inválidos.

Segundo organizações sociais, nos três países, o número chega a mais de meio milhão, que precisam de ajuda médica, pelo deterioramento de sua saúde. (Fonte EFE/JB online)

Será que é isso que queremos......

PS- As informações acima foram publicadas em 2007.

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