terça-feira, setembro 08, 2015

Pobre São Paulo, sem água não dá.

Especialistas dizem que a água será o grande desafio desse século. Sem água não dá para viver. Como um hidrólogo das antigas, vejo a marca da crise nas barrancas dos reservatórios. Chega ser  assustador. O pior, é a visível falta de alternativas e de gestão. A sociedade desconhece a extensão da crise e seus desdobramentos. E os governantes, como quase sempre fazem, fingem que não é com eles. 

Segundo o professor Richard Palmer, que tem nos visitado com frequência, "Se chover e nada mudar, essa será outro tipo de catástrofe"
O professor Palmer, que participou das ações emergenciais nas crises hídricas de diferentes cidades dos EUA, visita São Paulo desde 2014 e se diz surpreso com o que ele vê. O chefe do Departamento e professor de Engenharia Civil da Universidade de Massachusetts afirma que, em 1985, na crise de abastecimento que sofreu Nova York, as autoridades declararam o estado de emergência quando os reservatórios chegaram a 65% da capacidade. Sem ter sido reconhecida a criticidade do sistema, o Cantareira opera hoje com 11,9% do seu volume, incluindo a reserva de volume morto.
 
PS- desde do momento que passei a registrar no blog a crise hídrica de São Paulo, bato nas mesmas teclas: a crise é de gestão; volume morto não é para ser usado.
 

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