quarta-feira, setembro 09, 2015

Refugiados, uma crise da humanidade.

Depois de passar por Porto Alegre e Buenos Aires, se tudo der certo, devo chegar hoje de madrugada em Quito. A longa viagem se justifica: uma reunião na OLADE e outro encontro na UNASUL. Na sexta estou de volta. Não sei o que vou encontrar no Equador. As notícias que chegam de lá, não são nada animadoras. Embora o que mais se noticie são conflitos, nada me parece mais humilhante para a humanidade que a crise dos refugiados. No sábado, só na fronteira Hungria-Áustria, foram 6000 refugiados que por lá passaram. A imagem triste, mas simbólica, do menino Aylan Kurdi, de 3 anos, chocou o mundo. A pergunta que fica: quantos Aylan ainda vão precisar morrer nessa insana travessia?.

PS - Mauro Santayana registra no seu blog, 05/9, que a mais moderna de nossas embarcações, a Corveta Barroso, construída no Arsenal da Marinha no Rio de Janeiro, em 2008 - salvou vidas. A caminho de Beirute, onde irá ocupar o comando da esquadra da ONU em operação no Mediterrâneo, a corveta brasileira acabou salvando  220 refugiados que estavam à deriva. Na sua maioria mulheres e crianças. Diante da mediocridade que tomou conta de uma parcela da sociedade brasileira, logo vai ter gente cobrando o que estamos fazendo lá. Ou quem sabe, o atento Congresso Nacional crie mais uma CPI - a da Corveta.

Nenhum comentário: