A democracia é o pior dos regimes políticos, mas não há nenhum sistema melhor que ela". A famosa frase é de Sir Winston Churchill. Estadista britânico, primeiro ministro do Reino Unido durante a segunda Guerra Mundial (1874 a 1965). É justamente através de uma consulta popular, instrumento que humaniza a democracia, que os ingleses, cinco décadas depois de Churchill, vão decidir o futuro da Inglaterra e (quem sabe) da União Europeia. Escrevo sem saber o resultado do plebiscito de hoje. Pesquisas recentes apontam para uma disputa acirrada, sem uma definição antecipada. Não há favoritismo. Penso que Churchill com seu inseparável charuto, onde estiver, deve estar motivado pela consulta popular mais aguardada do momento atual. Penso também que deve estar celebrando a democracia: o pior dos regimes, mas o que mais aproxima o povo das decisões históricas.
PS - é também o exercício da democracia que permite chegarmos a um Congresso como o nosso: descuidado com a vontade popular, sem grandes compromissos com o destino do país e frequentado por corruptos. Não é por falta de aviso e nem de eleições. Agora mesmo estamos muito próximos de eleger prefeitos e vereadores. Depois de tudo que estamos passando, quem sabe aprendemos a valorizar nosso voto - e através dele fortalecermos a democracia.
ATUALIZANDO - 26 de junho
Passado o tsunami e a perplexidade geral, o resultado do plebiscito no Reino Unido cria incertezas politicas e econômicas. De tudo que li no final de semana, o que mais me identifiquei foi com o que escreveu Gustavo Amarante (FSP- Painel do Leitor): Meu primeiro olhar para o resultado do plebiscito britânico é de tristeza, sem perplexidade. Ao que parece, o mundo esta ficando mais burro e mais covarde: mais burro porque não pensa alternativas novas para os velhos problemas que ele mesmo criou e mais covarde porque constrói muros onde deveria haver portas.
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