segunda-feira, janeiro 23, 2017

Trump e o "day after".

O discurso de posse de Donald Trump continua repercutindo dentro e fora dos Estados Unidos. E não é para menos: atirou para todos os lados, como se estivesse em campanha. Errou: sem o menor cuidado com as palavras, Trump parece ter esquecido que não é mais candidato. Desde de sexta-feira, 20, Donald Trump é o quadragésimo quinto presidente dos Estados Unidos: a maior economia e o maior poderio militar do mundo.

Em tom agressivo, como se o mundo fosse o problema, repetia: "America First". Exaltou o protecionismo, como se os Estados Unidos fosse o único país nesse planeta. Insistiu com o tema dos imigrantes, como se os Estados Unidos não fosse um país formado por imigrantes. Sem medir as consequências, continua disposto em construir "o muro da insensatez" na fronteira com o México. Uma obra de US$ 25 bilhões, uma vergonha para o mundo e para nós latinos em particular. Quanto ao plano de saúde, popularmente conhecido como "Obamacare", as medidas para acabar com a iniciativa de Obama já estão em curso. Sem o plano, 18 milhões de americanos vão ficar sem cobertura na saúde.

No entanto, tanta arrogância não resistiu um dia. O "day after" de Trump, não foi dos melhores. As manifestações contra ele tomaram conta das ruas nas principais cidades dos Estados Unidos e até em outros países. Em Washington, a capital, havia mais gente na rua protestando no sábado do que na sua posse na sexta. Um caso único de rejeição profunda e global, que merece ser estudado. Por essa, nem Trump esperava!

PS - Normalmente o número de acessos no final de semana cai bastante. No entanto, pelo controle que tenho, neste final de semana foram quase 1000 acessos. Imagino que se deva ao pronunciamento de Trump e a morte do ministro Teori. Dois temas que ainda vão se fazer presente por muito tempo.

Nenhum comentário: