Em tempos de crise, como agora, duas curvas ameaçam nossa vida real: uma crescente e outra decrescente. A primeira, a do custo de vida que só cresce. A outra, a do salário que só mingua. Com o desemprego em alta, mão de obra sobrando, a tendência é de que os salários vão continuar caindo por um bom tempo. Salvo as "exceções de sempre", ganho real para a grande massa de trabalhadores nem pensar (*). "Nunca antes na história desse país", o salário médio dos brasileiros esteve tão baixo. No curto e médio prazo, esse é o quadro. Em outras palavras, "viver no Brasil não tá nada fácil".
Por pura curiosidade, nessa semana acabei me envolvendo com um novo índice: Índice de Custo de Vida Nombeo. A ideia do índice, é: a partir do mínimo que os habitantes precisam para viver, identificar o país mais econômico. O estudo está focado: no aluguel de uma moradia simples, de um quarto, na região central; preço das refeições em restaurantes mais populares; deslocamento através de transporte público.
Confesso que não sei bem o valor de um estudo desses, mas em todo o caso segue um resumo.
Pelo próprio título do comentário, está claro que o Brasil não aparece no ranking. Na América, as cidades mais baratas para se viver, são: Bogotá (Colômbia), Sucre (Bolívia) e Cidade do México (no México). Na África, Tunísia lidera o ranking. Túnis, a capital, é a cidade mais barata. Na Europa, Moldávia (**), que já foi parte da União Soviética, é o país mais econômico para se viver. Logo depois vem a Ucrânia. Na capital Kiev, o preço da passagem do metrô é de US$ 0,08. De todos os países, a Índia é o que apresenta o menor custo de vida.
(*) Segundo o Dieese, que monitora reajustes salariais, a queda em 2016 foi pior que em 2015. Bruno Otoni, da Fundação Getúlio Vargas, estima que a queda média dos salários no ano passado tenha sido de 2,8%, (Fonte: FSP de ontem)
(**) Moldávia, não tem litoral. Faz fronteira com a Ucrânia e a Romênia. A capital é Quichinau.
PS- Para quem mora em Florianópolis, o custo de vida é impactado pelo turismo de verão. Com a chegada dos turistas, tudo é reajustado. Terminada a temporada, os preços permanecem. Para os que ficam, a conta pesa. No entanto, até onde sei, não se tem notícia de pessoas deixando a Ilha para morar em Moldávia.
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