sexta-feira, março 31, 2017

Mudanças climáticas: cobre, antes que seja tarde.

O inconsequente e inoportuno decreto de Trump, que incentiva o uso do carvão para gerar energia elétrica, continua repercutindo no mundo todo. Ontem, por exemplo, foi a vez do Vaticano se manifestar.

O cardeal Peter Turkson, o indicado do papa para as questões de meio ambiente, imigração e desenvolvimento, quando indagado sobre o decreto presidencial de Trump que reverteu as regulações climáticas de seu antecessor, Barack Obama, deixou claro que o Vaticano não vai se calar: "isso é um desafio para nós". Lembrou que nos Estados Unidos, crescem as  vozes discordantes as posições de Trump: "o que é um bom sinal". Políticos do próprio Partido Republicano, já se deram conta que esse é um tema presente na próxima eleição e provavelmente definidor do resultado final.

Por aqui, não li nenhuma manifestação do governo brasileiro. Nesses momentos delicados, o silêncio não ajuda em nada. Sempre é bom lembrar aos nossos governantes que o Brasil ratificou o Acordo de Paris no ano passado. As vezes fico em dúvida se o compromisso é para valer, ou foi apenas para ficar bem na foto.

Em relação ao clima: precisamos falar mais, nos comprometer mais e agir mais.  Não podemos nos omitir nunca. Encarar publicamente os passivos ambientais que nos constrangem, como o desmatamento da Amazônia, responsável por 46% das emissões brasileiras, devia fazer parte de um calendário de manifestações e protestos. A mesma preocupação com a agressão diária que a Amazônia sofre, também deveria nos motivar na defesa das terras indígenas, das unidades de preservação permanente e nos parques e florestas nacionais. Quem sabe a gente se toca e passa a cobrar mais dos nossos governantes.

PS - Cidadania vai além do CPF e do Título de Eleitor!



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