terça-feira, maio 02, 2017

A que ponto chegamos!


A foto abaixo de Dida Sampaio, do Estadão, fala por si: a que ponto chegamos! 
O gramado em frente ao Congresso Nacional, palco de inúmeras manifestações, na semana passada teve de tudo. O maior e mais simbólico dos  protestos ficou por conta dos índios (foto acima). A mobilização indígena, em plena capital federal, nos leva a viajar no tempo. Tempo distante, em que as terras do "novo mundo" pertenciam aos índios. Durante séculos os índios foram vendo suas terras sem cercas e sem fronteiras, pouco a pouco sendo demarcadas. Do todo que tinham restaram alguma reservas indígenas. Agora, até elas também estão ameaçadas. Sem medir as consequências, Temer e a base governista  quer passar para o Congresso a responsabilidade da União  com as reservas indígenas.

A que ponto chegamos, uma agonia a cada dia. Se assiste diariamente pelos meios de comunicação, Temer insistir com suas reformas. Só que não encontram respaldo na sociedade. Na última sexta-feira, o  povo, como os índios, foi para as ruas protestar contra as reformas. Temer, acuado, busca apoio entre os congressistas que o ajudaram a tirar Dilma do caminho. Sua baixa avaliação, 4% de ótimo, é a pior de todos os presidentes que o antecederam.

A reforma urgente é a política. Sem ela vamos continuar apodrecendo e nos afastando da democracia. Corrupto e corruptores vão continuar existindo, se alimentando dos escassos recursos públicos. Sem perspectivas no horizonte, não há cidadania que sobreviva. E o que é pior: perde-se a autoestima e corre-se o risco de nos sentirmos culpados pelo fracasso que vivenciamos. Diante de desse quadro de total incerteza em relação ao futuro, só cabe registrar: a que ponto chegamos!

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