terça-feira, junho 27, 2017

Política externa: sem prestígio e nem estratégia

Para todos os latinos, próximos ou não, o Brasil é a principal referência da região. Quer os nossos governantes, queiram ou não. As razões são muitas: tamanho da economia; mercado interno; parque industrial diversificado; relacionamento amistoso com os vizinhos e demais países. 

No entanto, pela falta de uma estratégia, o que se vê: é a negação ao protagonismo no cenário regional e global que deveríamos ter. Perante os olhos do mundo, nosso desprestígio é crescente. Quem cuida do ranking que mede a capacidade de persuasão dos países no cenário internacional, nos alerta: perdemos cinco posições. Na chamada diplomacia do prestígio, o Brasil está à frente apenas da Turquia. (*)

Para o pesquisador Andrés Malamud, da Universidade de Lisboa, o encolhimento diplomático do Brasil "é evidente, não é opinião". Segundo ele, tivemos momentos excepcionais nos governos FHC e Lula, "mas depois voltou  à normalidade dos presidentes medíocres". Se perdeu em imagem e por consequência em protagonismo. 

(*) A edição 2017 do estudo "The Soft Power 30", entre os 30 países pesquisados o Brasil ocupa a 29° posição e a Turquia o 30°. Só para lembrar, a Turquia passou por um traumático golpe de Estado.

Nenhum comentário: