Na sexta-feira, quando todos já se preparavam para o merecido descanso do final de semana, uma bomba acabou com o que restava de esperança: o Supremo Tribunal Federal aliviava as penalidades de Aécio e de Rocha Loures. O ministro Marco Aurélio devolvia Aécio ao Senado e Fachin mandava para casa o " homem da mala", o assessor especial de Temer - o idôneo Rocha Loures.
O efeito foi devastador. De repente a sociedade se sentiu ultrajada, sem rumo. O sentimento de impunidade voltou com força total. O descrédito dos brasileiros com os poderes da República cresceu. A sensação de que caminhamos para uma "republiqueta mal resolvida" aflorou em segmentos sociais mais atentos.
Diante do ocorrido, o assunto no final de semana era um só:"a Justiça tem lado"? Dois casos recentes aqueceram o debate: Aécio x Delcídio e Rocha Loures x Vaccari. Enquanto Aécio, do PSDB, ligado a Temer e Gilmar Mendes, recebe de volta seu mandato no Senado; Delcídio, do PT, também senador, perdeu o mandato e ficou preso por 85 dias. Só saiu da prisão porque concordou em fazer a delação premiada. A única diferença nos dois casos, a sigla partidária. Um caso clássico de: dois pesos, duas medidas.
Quanto a outra comparação, Rocha Loures x João Vaccari, a suspeição fica maior ainda. Vaccari, do PT, que nunca foi flagrado carregando uma mala de dinheiro, depois de ficar dois anos preso em Curitiba teve sua pena revista. O motivo: falta de provas. Já Rocha Loures, amigo e assessor de Temer, preso pela Polícia Federal carregando uma mala com R$ 500 mil, em menos de um mês se livra da prisão. Sem explicar para quem era o dinheiro, Loures vai para casa como se nada tivesse acontecido.
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