Na terça-feira comentei sobre como regredimos no setor elétrico. Por coincidência, no mesmo dia, a diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)aprovou o edital de leilão para a concessão de quatro hidrelétricas da Cemig, a estatal de energia de Minas Gerais. O leilão está previsto para setembro e a União pretende embolsar 11 bilhões de reais para aliviar seu caixa.
Para uma leitura menos apurada, mais um processo de privatização obscuro. No entanto, cabe recuperar um pouco dessa inconsequente história. Tudo começou por desavenças politicas, que vão acabar nos tribunais e, num segundo momento, no bolso do consumidor (via aumento de tarifa).
Durante o governo Dilma, a Cemig, por estar nas mãos do PSDB de Aécio, se recusou a negociar a renovação da concessão que tinha vencido em 2013. Através de decisões liminares o caso vem se arrastando por muito tempo. Só que agora os papéis se inverteram: o governo federal de Temer, busca através da cobrança de bônus de outorga na licitação melhorar suas contas. Do outro lado da disputa está o governo de Minas Gerais, de Fernando Pimentel (PT).
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