Enquanto no Brasil de Temer o desmatamento corre solto e áreas de reserva, em plena região amazônica, são disponibilizadas para a mineração, países mais desenvolvidos do que nós e comprometidos com a humanidade se mobilizam na direção de uma matriz de energia limpa.
O recente estudo de dois pesquisadores, Mark Jacobson, da Universidade de Stanford, e Mark Delucchi, da Universidade da Califórnia em Berkeley, mostram que é possível se chegar até 2050 com uma matriz limpa e sustentável.
Segundo Roberto Schaeffer, especialista em planejamento energético da UFRJ, ouvido pela Folha, os "autores são sérios, e o trabalho também". O estudo foi publicado na semana passada na renomada revista científica "Joule", nada mais é do que a comprovação de que uso em larga escala das tecnologias disponíveis é a transição natural do planeta.
Em 2050, o mapa da energia se distribuiria mais ou menos assim (em números redondos):
- painéis solares residenciais: 15 % (*)
- usinas de energia solar: 21% (*)
- usinas de energia solar concentrada: 9% (*)
- painéis solares comerciais e governamentais: 11% (*)
- energia eólica "onshore" (em terra): 24%
- energia eólica "offshore" (no mar): 14%
- hidrelétricas: 4
Uma verdadeira revolução: além de minimizar os efeitos na mudança do clima, também criaria mais de 25 milhões de empregos pelo mundo afora. Segundo os pesquisadores, até 7 milhões de mortes por poluição atmosférica seriam evitadas por ano. Nós do Instituto IDEAL, acolhemos o estudo com especial satisfação. Sempre acreditamos nas energias alternativas como uma possibilidade real e transformadora. Nesses últimos 10 anos, foi a nossa motivação.
(*) Segundo o estudo, em 2050: mais da metade da energia consumida no mundo será solar.
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