Brasil da lama à mobilidade limpa

Na pior semana da nossa jovem democracia, com os poderes constituídos expondo toda a sua podridão, acreditar num novo Brasil se torna cada dia um desafio maior. No entanto, na mesma terça-feira em que caia a máscara de Joesley e de outros tantos delatores,  a mobilidade urbana limpa se mostrava viável e real.

O mundo novo que buscamos não está só nas ruas da Europa e dos Estados Unidos, com centenas de milhares de carros elétricos circulando. Guardada as devidas proporções, também está nas ruas de Florianópolis. Enquanto esperava o ônibus elétrico (foto abaixo) para ir até o Sapiens Park, no norte da Ilha, me deparei com uma cena inusitada: a chegada de mais um Twize  - o carro elétrico mais popular da Renault (foto do meio). Naquele momento, no mesmo local, consigo registrar o olhar atento de dois jovens com suas bikes acompanhando a recarga de outro carro elétrico. (última foto)

Para nós sonhadores, algo impensável de se ver na nossa querida ilha. É a mobilidade do futuro batendo na porta pedindo para entrar. Vamos em frente: independente do Joesley "Safadão" e de tantos outros que ajudaram a jogar o Brasil na lama.(*)

(*) Fernanda Torres foi quem primeiro se deu conta de quem realmente era o Joesley. Num artigo na Folha escreveu sobre o Joesley "Safadão". Na época o "Rei do Gado" ainda era paparicado por todos, a ponto de ser recebido pelo presidente Temer, na calada da noite, na residência oficial, para tratar de assuntos nada republicanos.