quarta-feira, setembro 06, 2017

O estupro

Se alguém tem o que contar é Drauzio Varella. E conta como ninguém o que vivencia. Na coluna que tem na Folha, o tema da semana passada foi "O estupro". A escolha não podia ser mais acertada. Médico atento, engajado e critico, Drauzio tocou na ferida: os números são assustadores. Só no ano passado, 22.804 casos de estupros chegaram aos hospitais. Destes, 3.526 foram coletivos. Segundo o doutor Drauzio: "a forma mais vil de violência de gênero que uma mente perversa pode conceber".

No final do artigo um tapa de luva numa sociedade, por ele identificada como machista e atrasada, que trata as mulheres como seres inferiores. Uma sociedade que não avança, que regride e onde o homem ainda está convencido de que podem dominá-las, ditar-lhes obrigações, comportamentos e regras sociais.

E conclui: "O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde."

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