sexta-feira, dezembro 01, 2017

Nadia Ayad: brasileira, negra e premiada

Ainda sobre as mulheres, uma história a ser registrada é a de Nadia Ayad. Imagino que para a maioria de nós uma desconhecida. Como alguém como Nadia, nesse país cheio de preconceitos, com esse perfil, poderia ser reconhecida? Na foto abaixo, Nadia de bem com a vida  pesquisando o uso do grafeno na dessalinização e filtragem da água. Seu trabalho foi premiado pela Global Graphene Challenge Competition 2016. Uma competição internacional promovida pela empresa sueca Sandvik, que busca soluções sustentáveis e inovadoras ao redor do mundo. 

O reconhecimento internacional de um trabalho de pesquisa de uma jovem mulher brasileira, negra, formada em engenharia pelo IME - Instituto Militar de Engenharia, não é pouca coisa. Num país onde a pesquisa não é valorizada, a mulher é discriminada e a onde a cor representa mais um agravante,  Nadia se supera: por sua dedicação, seu trabalho e o compromisso com o planeta. Encontrar alternativas sustentáveis para não nos faltar água no futuro nos dá esperança e motiva ainda mais nossa caminhada.

(Foto: estudarfora.org.br)
PS - O grafeno, ainda pouco conhecido por nós, está sendo visto por muitos como uma matéria-prima revolucionária. É um derivado do carbono, flexível, transparente e resistente (200 vezes mais forte do que o aço). Considerado excelente condutor de eletricidade, é usado para a produção de células fotoelétricas, peças para aeronaves, celulares e outras inúmeras aplicações na indústria. Uma de suas grandes potencialidades é em relação as baterias do futuro, de uso no desenvolvimento da mobilidade elétrica.

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