Nesse país sem rumo, cheio de gente atrasada e preconceituosa, foi preciso uma jovem mulher negra nos mostrar o importante papel do grafeno no futuro da humanidade. A façanha de Nadia Ayad, já comentada no blog, precisa de mais cuidado diante da repercussão internacional que teve. Há um ditado popular que fala mais ou menos assim "me diz com quem andas que te direi quem és". Há um outro adaptado a esse, que costumo usar com frequência: "me diz por onde andas que te direi no que vai dar". O motivo da preocupação com Nadia, vem dos meus tempos de deputado em Brasília. Foi lá que aprendi a importância de se observar o que acontece ao nosso redor.
Mas o que tem Nadia com isso? Nada e tudo. No Brasil, não temos quase Nadia's. E as poucas que temos - precisam ser cuidadas. No campo da pesquisa e da inovação, vencer desafios é o dia a dia de qualquer pesquisador. Se ainda for mulher e negra, o esforço é redobrado. Nesse setor, desigualdades e preconceitos também estão presentes.
Sem uma politica pública que preserve nossos pesquisadores, Nadia pode nos deixar. Quando o tema é inovação, o papel do Estado é fundamental. Em muitos casos são anos de dedicação que precisam de tempo e de mais recurso. O que diferencia o sucesso do fracasso, muitas vezes não passa de um detalhe. Infelizmente, como já registramos aqui, regredimos em ciência e tecnologia. Os cortes no orçamento comprovam isso. Nadia, estamos de olho no teu futuro. Boa sorte.
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