segunda-feira, janeiro 15, 2018

Os efeitos do homem sobre a natureza

Que a vida no Planeta Terra depende da preservação da natureza, todos deveriam saber. A natureza, no seu sentido mais amplo, está presente em tudo que se relaciona com a vida: no ar que respiramos, na água que bebemos e na terra que produz nosso alimento. Sem ela, não há vida no planeta.

No entanto, os efeitos da ação do homem  sobre a mãe natureza estão aí diante dos nossos olhos. E observem, não estamos nos referindo as grandes catástrofes naturais e suas consequências devastadoras: tsunamis, erupções vulcânicas, terremotos, vendavais, maremotos ... 

O que estamos tratando aqui, não é pouca coisa: é o descaso do homem com o meio ambiente. Entre tantos casos, o  mais emblemático é o lixão de Brasília ( blog11/01). Um exemplo à ser denunciado em todas  os fóruns. Afinal, a montanha de lixo foi se formando a poucos quilômetros do Palácio da Alvorada, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Portanto, "vizinha" dos Três Poderes.

Segundo o noticiado, o lixão de Brasília é uma pilha de 44 milhões de toneladas de dejetos, com 55 metros de altura e 2 km² de área. Para efeito de comparação: 44 milhões de toneladas são 2 milhões de carretas carregadas de lixo, 55 metros de altura é o equivalente a um prédio de 18 andares, e 2 km² é a área aproximada de 200 campos de futebol. Esse imenso volume de matéria putrefata está depositado sem impermeabilização do solo, sobre terra nua.

A lei federal 12.305, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos, estipulava 2014 como prazo para desativação desses lixões irregulares. Se em Brasília, a poucos quilômetros dos Três Poderes, continua operando: imaginem pelo Brasil afora!

Novamente os efeitos da mão do homem estão presentes nessa tragédia urbana/ambiental, que nos envergonha. O lixo acumulado ao longo dos anos, sem um cuidado técnico, com esse volume, está produzindo uma quantidade considerável de chorume que segue penetrando no solo.  Brasília, como comentei, está passando por um longo período de racionamento de água- um ano!. Uma das alternativas que está sendo adotada é a captação no Lago Paranoá. Conforme a Folha apurou, o chorume do lixão é uma ameaça as nascentes do Parque Nacional de Brasília.

PS- Que situação, a capital federal sem água e uma das possibilidades de abastecimento correndo risco de ser contaminada por um lixão irregular. Ninguém merece.

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