Imagino que todos os desencantados com 2017, como eu, aguardavam a chegada de 2018 com esperança. Por pior que possa estar, não compartilho da linha "quanto pior, melhor". Isso devido a uma razão muito simples: sem esperança, a sociedade não avança. Agora, fechar os olhos para a vergonha que é esse governo, também não ajuda.(*)
Em razão da viagem que farei, na mochila vão minhas dúvidas. E não são poucas a carregar. Fatos da semana passada relacionados à violência, à economia e à politica ficaram sem resposta para mim. Por isso, o comentário que faço é na forma de perguntas. Afinal, quem não sabe, pergunta:
1. Em 2017, foram mais de 60 mil assassinatos no Brasil. Segundo o professor Rodrigo Zeidan, isso significa 12% de todos os assassinatos do planeta. Nossa população não chega a 3% da do planeta. Por que se mata tanto?
2. Qual foi o impacto da energia elétrica, do gás de cozinha, da gasolina, do diesel, dos planos de saúde, da mensalidade escolar, das passagens de ônibus, etc... na inflação em 2017? Como aumentos tão significativos não refletiram no índice da inflação? Não parece estranho?
3. Qual o motivo da Standard and Poor's ter rebaixado a nota de crédito do Brasil, logo depois da "boa notícia" sobre a queda do índice de inflação?
4. O anúncio do rebaixamento pode ser interpretado como mais uma forma de pressão para os congressistas aprovarem a reforma da Previdência?
5- No campo da política, o que vai acontecer com Lula dia 24/01 em Porto Alegre? Depois de três anos, não há provas. A sentença está baseada na palavra de um delator, Leo Pinheiro, que pode voltar atrás na sua delação. E aí, como é que fica tudo? E se Tacla Duran inventar de falar? E se o tríplex for da OAS e não de Lula, como afirma em recente sentença a juíza da 2ª Vara de Execução e Títulos do Distrito Federal, Luciana Corrêa Torrês de Oliveira, divulgada pelo jornalista Mino Pedrosa?
O que está em jogo em Porto Alegre não é o futuro politico de Lula. É o futuro do Brasil. E sem esperança, a sociedade não avança.
O que está em jogo em Porto Alegre não é o futuro politico de Lula. É o futuro do Brasil. E sem esperança, a sociedade não avança.
(*) Nota publicada por Lauro Jardim, baseada em pesquisa do IBOPE, no final de dezembro, revela que 90% dos brasileiros não votariam em quem Temer apoiar. Quanto à corrupção, apenas 8% declararam que diminuiu. Como toda a pesquisa, esta também carrega incertezas que levo comigo.
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