sexta-feira, abril 27, 2018

Brasil sem rumo.

Parado no tempo, o Brasil é um gigante sem rumo. Se apequenou e está fora dos olhos do mundo. O encontro na semana passada em Berlim, com cerca de 2000 inscritos, é a prova maior dessa triste constatação. Sem querer personalizar os responsáveis que retiraram nossos sonhos e terminaram com a nossa esperança, até porque são muitos, só nos cabe registrar o quanto  regredimos.

Sem ser país membro da Agência Internacional de Energia - IEA, que reúne países como França, Espanha, Suécia, EUA, Japão, Bélgica, Dinamarca entre outros, o Brasil se afasta do fórum mundial das decisões energéticas. Pela nossa importância regional e pelo imenso  potencial natural que possuímos, nossa ausência deve estar sendo vista por todos como algo inexplicável. Afinal, é lá que estão as informações que definem as tendência do mercado de energia futuro.

Sem uma análise cuidadosa desses dados: fica difícil planejar para onde vamos. 

De tão óbvia que é essa afirmação, não precisamos perder tempo com apresentações em "power point" para entender esse momento de profunda tristeza que toma conta de nós brasileiros. Diante da falta de visão do mundo, o Brasil se afasta do cenário global e de compromissos mais amplos com o futuro da humanidade.

A ausência do governo brasileiro em Berlim, vai além do simbolismo de uma cadeira vazia: reflete a pobreza e a miopia de quem nos governa. Não se preocupam com o longo prazo e nem nos preparam para o futuro. Em 2050, seremos 10 bilhões de pessoas. E se não houver uma rápida mudança no atual modelo de desenvolvimento, o planeta vai nos cobrar. Para os que estiverem aqui, sobreviver significa: gerar energia renovável; produzir alimentos sustentáveis; usar de forma consciente a água.

PS- Se souberem de algum candidato realmente comprometido com essas preocupações, me avisem. Gostaria muito de conhecê-lo. 

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