terça-feira, abril 10, 2018

Para onde vamos...

A indagação "para onde vamos" deve estar na cabeça de muita gente: cientistas políticos, colunistas, jornalistas, advogados de renome, políticos de todas as colorações, juízes e procuradores, religiosos e videntes, militares da reserva e da ativa, empresários e trabalhadores, alunos e professores, artistas,  militantes sociais e blogueiros de todo o tipo.

O tamanho da lista, que não  deve estar completa, me surpreendeu. O tema "para onde nós vamos", no atual quadro político, é complexo. Requer muito conhecimento e ainda assim o risco de errar é muito grande. Às vésperas de uma eleição com a sociedade dividida como nunca, poucos apostam num final feliz.  Como gostei muito do título, que se aplica em quase tudo que nos atormenta, resolvi aproveitá-lo em algo que conheço melhor: "para onde vamos se acabar o petróleo?"

Uma certeza todos temos, o petróleo é finito. E uma incerteza, também: ninguém sabe quando irá acabar. Como consequência, uma pergunta se faz necessária:  para onde vamos quando acabar?

O Brasil é o sétimo país no consumo de petróleo no mundo. Pela ordem: EUA (20,4%), China (12,6%), Índia (4,3%), Japão (4,3%), Rússia (3,7%), Arábia Saudita (3,5%) e Brasil (3,2%).

Pelo que se sabe carros convencionais, movidos a gasolina, estão com seus dias contados. Em alguns países essas mudanças já estão em curso (*). Em 2016, 750 mil veículos elétricos foram vendidos no mundo. A China lidera o ranking. Recentemente, a Alemanha, anunciou o fim do  diesel nos carros pela agressão que causam. Na Europa a presença do diesel é muito forte: gasolina 49,4%, diesel 44,8%  híbridos e elétricos 6,3%.

A grande motivação pelo carro elétrico passa pela questão da sustentabilidade  e pelo aquecimento global. A eletrificação da mobilidade, que zera a emissão de poluentes, é o grande desafio das próximas décadas. Para Gleide Souza, diretora de assuntos governamentais do BMW Group Brasil, a transição para veículos eletrificados tem que vir acompanhada de uma forte redução de tributos. Só vai se ganhar escala com isenção de impostos.

O número de carros híbridos e elétricos circulando no Brasil representa apenas 0,2% da nossa frota. Traçando um paralelo com a energia solar fotovoltaica, a história se repete. Só vamos ter carros elétricos circulando nas nossas ruas, quando houver preço e ganharmos escala.  Aliás, carro elétrico e energia solar têm tudo a ver. E é para lá que nos vamos.

(*) Quem acessou o blog de manhã cedo deve ter percebido um problema de concordância. Peço desculpas pelo erro.

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