terça-feira, maio 01, 2018

Primeiro de Maio: não temos o que comemorar!

A data que mais mobiliza trabalhadores no mundo todo, é Primeiro de Maio. Só que o trabalhador, no Brasil em particular, não tem o que comemorar. Muito pelo contrário. As condições de trabalho se deterioraram rapidamente e o trabalhador não tem para onde correr. Basta procurar os números e interpretá-los. 

Encobertos até então pela grande mídia, com intuito de preservar o governo Temer, a realidade da precariedade das condições de trabalho está cada vez mais visível. Os empregos formais, que sempre deram ao trabalhador uma certa segurança, sumiram. Agora, a moda são contratos de hora trabalhada. E ainda tem gente achando ótimo. Que ilusão: o trabalhador só é lembrado quando precisam dele. Aos desavisados de sempre, é bom lembrar: o mínimo a ser pago por hora é de R$ 4,26.  E se no mês, o trabalhador receber pelas horas trabalhadas menos que o SM, ele vai ter cobrir a diferença da contribuição previdenciária para um dia poder se aposentar. (*)

Segundo o IBGE, os empregos com carteira assinada não param de cair. O Brasil perde hum milhão de vagas por ano. Em março, segundo a mesma fonte, o número de empregos formais foi o menor desde 2012. Nesses dois anos do governo Temer, "não se recuperou nenhum posto sequer com carteira assinada", diz Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, à FSP, de 28/4.

Outra informação importante, que justifica o título do comentário que ora faço, vem do levantamento realizado  pela Folha no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O estudo mostra que houve fechamento de vagas em todas as faixas salariais acima de dois SM. O que tráz como consequência, uma considerável redução na massa salarial como um todo. Prova disso é a lentidão na recuperação da economia. Sem emprego, não há salário; sem salário, não há renda; sem renda, não há consumo; sem consumo, não há crescimento. Simples assim, só que para mudar isso os governantes tem que governar. (**)

(*) Lamento dizer e torço para estar errado. A impressão que tenho é de que no futuro não vamos ter aposentados. Talvez esse seja o pior legado que uma nação pode deixar: idosos desamparados.

(**)  Os responsáveis pelo mal estar que todos estão sentindo em relação ao Brasil, aqui dentro e lá fora, tem nome e endereço.

  

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