domingo, julho 01, 2018

Que venha o México

Na última quinta-feira, 27, comentei que tínhamos evoluído: estávamos mais preocupados com o país do que com a Seleção. Sentimento que reafirmo, muito mais pela observação do que por qualquer outra causa. No entanto, o que se viu sábado na Rússia foi o esplendor do futebol. Mesmo para aqueles que estavam um pouco afastados dessa paixão, como eu, os jogos da França x Argentina e Portugal x Uruguai;  mostraram a todos o que é o futebol. O que se viu foi um misto de explosão, emoção, magia e tristeza.

Em 1950, no Maracanã, a raça uruguaia nos leva o título e entristece um país inteiro. Conta a história, que nunca se viu nada igual. Na Copa de 1958, a primeira que vencemos, a estrela que brilhou tinha 17 anos. Depois de sessenta anos, na Copa da Rússia, nasce um novo Pelé: Mbappé. Sua participação foi decisiva na vitória da França contra a Argentina. Como consequência, os argentinos e um desolado Messi voltam para a casa. No outro jogo de sábado, o Uruguai com sua garra retira da Copa os portugueses e o badalado Cristiano Ronaldo.

Com esse pequeno e despretensioso resumo, de um único dia do maior evento midiático do mundo,  quero destacar o lado mágico do futebol que nos faz sofrer e vibrar coletivamente num mesmo jogo. Se para nós a partida contra o México é decisiva, fico imaginando para os mexicanos. Na Copa dos 7X1 assisti o jogo Brasil e México, em Fortaleza. Nunca tinha visto uma torcida tão animada como a do México.

Nesse domingo, véspera do jogo contra o Brasil, por coincidência os mexicanos estarão elegendo seu próximo presidente. Uma eleição histórica. Pela primeira vez em quase um século a oposição representada Andrés Obrador, está liderando todas as pesquisas. A se confirmar sua vitória, o México estará em festa. Independente do resultado do jogo.

Já que eles tem o que comemorar, que deixem o futebol por nossa conta. Amanhã o almoço aqui em casa já está decidido. Em consideração aos hermanos mexicanos, a entrada será um guacamole. Como prato principal, a casa oferece marreco com repolho roxo e spätzle. Uma singela referência aos alemães que nos deixaram antes do tempo.  E para acompanhar um bom vinho argentino, já que nos abandonaram também.

PS - Se o resultado não for o esperado, muita tequila para esquecer.  

Nenhum comentário: